Primeira coleção de autor da Sharma é de Siza Vieira
Depois do repto lançado pela Sharma – a mais recente marca portuguesa de joias – a Álvaro Siza Vieira, o primeiro Prémio Pritzker luso devolveu-o à procedência sob a forma de dois esquissos alternativos: um com design mais minimalista, e de execução simplificada, e um outro reconhecidamente mais desafiante para a arte de um ourives experiente… A escolha de ambas as partes foi coincidentemente óbvia e sem hesitações. E a opção mais elaborada acabou por emprestar maior entusiasmo ao processo e, claro, ao resultado. O que se comprovou poucas semanas depois, quando o protótipo executado recebeu aprovação imediata do arquiteto. E assim nasceu a primeira coleção-cápsula da insígnia, numa raríssima incursão de Siza no mundo das joias.
Manufaturada em ouro de 19 quilates e diamantes (incolores e negros), a coleção é composta por colar, brincos, pulseira e anel, e chega ao mercado numa edição limitada simbolicamente a 91 conjuntos, a idade do autor no momento da criação.
O lançamento desta nova inspiração artística de Álvaro Siza decorreu na Fundação de Serralves, instituição cultural portuense que deterá durante dois meses a exclusividade na comercialização da colaboração Álvaro Siza x Sharma.
Cada conjunto de colar, brincos, pulseira e anel será lançado no mercado com um valor de 30 mil euros.
“As linhas saídas do traço de Siza Vieira, um dos maiores vultos artísticos portugueses, prestavam-se ao uso do diamante, que acrescenta sofisticação e eleva o valor artístico da criação, com um design único. Limitámos, simbolicamente, a edição à idade do autor, o que acaba por conferir uma maior exclusividade à colaboração Álvaro Siza x Sharma”, explica Brigitte Costa, uma das fundadoras da nova marca. “No fundo, não deixa de ser uma obra de arte assinada, que representa a estética e o legado de Siza Vieira num domínio diferente daquele a que nos habituou”, secunda Bruna Cabral, a outra empresária que está na génese do novo operador económico.
Um design intemporal, moderno e cosmopolita
A Sharma, recorde-se, chegou ao setor há pouco mais de um mês, nascida de um momento de reinvenção e complementaridade profissional de duas amigas, empreendedoras, com gostos comuns e uma paixão pela joalharia.
A marca pretende conquistar o mercado com um design intemporal, idealizado para um perfil de consumidor moderno, cosmopolita e ativo. Com coleções de joias de edição limitada, cujos conceitos e desenhos serão renovados de dois em dois meses. Estas séries – produzidas em prata 925, ou prata 925 com banho de ouro de 18 quilates, e pedrarias – incluirão sempre e ciclicamente sete brincos, sete anéis, sete pulseiras e sete colares.
“Produções pequenas permitem escoar mais rapidamente a mercadoria e gerar menos stock. Traduz, para além disso, uma ideia real, de maior exclusividade, que pretendemos passar para o mercado. Este posicionamento será ainda mais flagrante nas coleções de autor, manufaturadas em séries muitíssimo limitadas e, por vezes, com algum simbolismo”, explica Brigitte Costa.
Estas coleções-cápsula surgirão de desafios lançados pela Sharma a criadores de diferentes áreas artísticas e inspirações (design, arquitetura, moda, decoração de interiores, cinema/televisão, entre outras). Só estas colaborações deverão ganhar a forma de ouro maciço e a inclusão de gemas preciosas naturais, decididas caso a caso. A colaboração com Álvaro Siza Vieira insere-se neste âmbito.
Além destas linhas, a empresa dispõe ainda da sua coleção-semente, designada de Pétala, que estará sempre disponível na loja online da Sharma.
9 de Dezembro, 2024
Coleções