“É fundamental que o nosso cliente perceba que estamos vivos”
Inaugurada em 1963, a ourivesaria dirigida hoje por Cristina Martins conquistou desde logo o carinho dos fregueses, dando ênfase à proximidade com o cliente.
JoiaPro: Qual é a filosofia da Onix?
Cristina Martins: Fidelizar os clientes, satisfazendo-os.
A oferta hoje é global, ou seja, o que os clientes vêm comprar à nossa loja, também é comercializado por outras: não há exclusivos.
O que nos diferencia é o serviço prestado, que tem de ser de excelência para ficar na memória das pessoas.
Temos de ser honestos e transparentes.
Eu informo os meus clientes sobre como as coisas se processam e explico pormenores (alguns técnicos) para os ajudar nas escolhas. Um cliente bem informado avalia melhor a maneira como é servido.
Vender é a parte fácil, mas quando algo corre mal, é muito importante a maneira como resolvemos os problemas.
Primamos na assistência para que o cliente fique satisfeito e volte.
A gentileza aliada à competência é fundamental para manter a “porta aberta” nestes tempos difíceis.
JP: Reparamos que há um carinho especial pelo vitrinismo…
CM: Acho que é muito importante.
Para um ourivesaria que está aberta há 50 anos, ter sempre as mesmas montras é muito mau para o negócio.
Faço monstras diferentes há 20 anos, porque penso que montras sempre iguais são sinónimo de acomodação.
O nosso cérebro está atento a essas coisas, pois se mudar o ‘decor’, as pessoas olham.
É fundamental que o nosso cliente perceba que nós estamos vivos, que estamos atentos e fazemos coisas diferentes… temos que dar a conhecer o que temos e não podemos estagnar.
Hoje está branco, mas amanhã estará amarelo e as pessoas vão de certeza reagir.
Também é uma forma de dar a conhecer todos os artigos, visto que não há espaço para os expor todos ao mesmo tempo.
Temos muitos comentários das nossas montras nas redes sociais, as nossas montras de comemoração dos 50 anos estavam muito bonitas e foram inclusive fotografadas por uma série de pessoas, que acharam que tinha artigos fantásticos do avô do meu marido.
Deu muito trabalho, restaurei tudo com limpezas, antiferrugem e recuperação de peças.
Leia toda a entrevista na JoiaPro 57.
3 de Fevereiro, 2014
Atualidade