O futuro desta marca está dependente do futuro do país
JoiaPro: Como nasceu a Henrique Joias?
João Guedes: A Henrique Joias surgiu com o meu sogro Henrique. Ele tinha e ainda mantém uma loja no Alto da Maia. É uma loja de rua que surgiu sensivelmente há 60 anos e, ainda hoje, defendemos a ourivesaria e joalharia portuguesa. O meu sogro produzia muitas peças e atualmente ainda o fazemos, mas compramos a maioria a fabricantes e fornecedores.
JP: Como foi vivendo a Henrique Joias ao longo destes 60 anos?
JG: Sempre tivemos clientes fiéis, tudo corria bem, principalmente quando abrimos este espaço. Devido às circunstâncias e à conjuntura, as vendas têm ressentido bastante. Esta mudança de hábitos das pessoas relativamente ao setor da joalharia, fez-nos alterar algumas estratégias e hábitos de produção. Gostaríamos de evidenciar e trabalhar mais na ourivesaria e joalharia. Nascemos e aprendemos esta arte, mas as necessidades de mudança começaram a aparecer. Nos últimos anos a relojoaria ganhou outra importância e fomos quase obrigados a mudar de estratégia e a investir nessa gama. Hoje a evolução é para pior. Começamos a ter necessidade de comercializar outro tipo de produtos, mas que não se enquadram na área da joalharia. Temos que começar a pensar noutro tipo de metais mais baratos e diferentes. No entanto, estamos um pouco resilientes à mudança, porque tememos que possa desprestigiar a marca. As necessidades do futuro assim o dirão.
Entrevista completa na JoiaPro 47
11 de Maio, 2012
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