Joalharia de luxo assaltada em plena luz do dia
A Aquaverdi, conhecido estabelecimento de produtos de luxo da cidade do Porto, foi assaltada na manhã do dia 15 por um grupo de quatro homens.
Em declarações ao jornal Correio da Manhã, uma testemunha relatou que “foi tudo muito rápido. Dois ficaram cá fora a tapar a montra com um pano grande e os outros dois entraram, partiram os mostradores e levaram os relógios que conseguiram. Depois fugiram a pé enquanto os funcionários gritavam que tinham sido assaltados”.
Para entrar nesta ourivesaria, na Rua Santa Catarina, é necessário o funcionário, dentro da loja, abrir a porta blindada após o cliente tocar à campainha.
Segundo vários órgãos de comunicação têm relatado, os suspeitos estavam bem vestidos, com a cara destapada, pelo que não levantaram suspeitas imediatas.
Efetivamente o assalto só começou quando um dos homens, de chapéu, apontou a arma de fogo aos funcionários, tendo depois o grupo partido os mostradores da loja e levado relógios Rolex, uma perda no valor de dezenas de milhares de euros para o estabelecimento.
Os assaltantes conseguiram fugir a pé, mesmo após alguns populares terem tentado parar o grupo.
A investigação está a ser conduzida pela Polícia Judiciária.
No dia a seguir, a Associação de Comerciantes do Porto (ACO) anunciou que pretende uma reunião com o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, como também com as entidades de segurança da cidade, a PSP do Porto e o Conselho Municipal de Segurança, para “abordar medidas de combate à criminalidade”.
Esta entidade entende que o assalto foi um ato isolado, no entanto alerta em comunicado, assinado pelo presidente Nuno Camilo, que “hoje existem espalhadas pela cidade esquadras da PSP que têm exclusivamente funções administrativas, o que significa que os agentes que estão no seu interior não podem deslocar-se ao exterior para responder a qualquer ocorrência”.
O mesmo documento revela o apoio contínuo da ACP ao projeto ‘comércio seguro’, que envolve 16 agentes da PSP e dois carros elétricos no apoio ao comércio tradicional, como também a sugestão de mais recursos e um novo projeto para o mesmo efeito.
É também requerido uma revisão “urgente” à regulamentação dos guardas noturnos, com apelo à profissionalização da atividade e reconhecimento da mesma como “verdadeira autoridade para combater a criminalidade”.
17 de Fevereiro, 2014
Atualidade