“A maior riqueza da casa é o seu espólio”

Por entre dezenas de gavetas e estantes, a Ourivesaria Rosas guarda meticulosamente pedaços de história nacional. São cerca de três mil livros e outros tantos desenhos e gessos que constroem o legado e a imagem de uma casa nascida nos idos da primeira metade do século XIX. Numa área em que o restauro representa 50% da sua atividade, conversamos com José Rosas, ele que desenha agora novos projetos, como a reedição de um livro sobre as laças portuguesas.
Com os pés bem assentes no século XXI, até onde podemos viajar no tempo e no espaço desta casa?
A casa começa ainda antes do seu registo oficial, com Manuel Vicente Moura, que vem trabalhar como aprendiz para um familiar na sua oficina do Porto. Depois de uma passagem pelo Brasil, volta com algum dinheiro e associa-se a Manuel Dias Couto, na altura o contraste da cidade. Posteriormente, ele próprio é nomeado contraste, cargo que exerceu até à extinção das contrastarias municipais. A sociedade é registada em 1851, e mudam-se da Rua de Santo António para a Rua dos Flores. É uma casa que Marcos da Silva, famoso arquiteto da época, ajuda a reconstruir, resultando numa ourivesaria diferente do que existia. Seguimos um caminho um bocadinho diferente da prática habitual, nunca tivemos oficinas, apenas um “conserteiro”, mas sempre recorremos a manufaturas que gosto de chamar ateliers que trabalham exclusivamente para nós e que procurávamos encontrar, quer no Porto, quer em Gondomar.
Leia a entrevista completa na mais recente edição da JoiaPro.
24 de Março, 2025
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