“Temos mais de 1800 alianças, são todos modelos diferentes”

Que desafios apresenta a subida no preço do ouro?
Principalmente, os orçamentos. Com a oscilação diária do preço, é mais difícil o processo de venda. Isso verifica-se principalmente nas alianças, já que são peças que as pessoas não compram de um dia para o outro. Tentamos dar sempre uma cotação ou um orçamento o mais atualizado possível. Cabe-nos sensibilizar nesse sentido, porque há pessoas que percebem, mas há quem não entenda. A escalada no preço do ouro trouxe menorrotatividade, como havia antigamente. Não faz sentido ter uma loja cheia de joias se não conseguir vender. Tenho a loja cheia, mas não há stocks. Isso é impossível.
Por onde passa a diversificação do vosso portefólio?
Temos apostado em algumas alianças com menos peso. Tentamos ter o mesmo aspeto, o mesmo impacto visual, mas que a peça saia mais acessível, mais leve, fica mais acessível ao cliente final. Estamos sempre a investir em coleções novas e também pontos de venda novos. Estamos nas ilhas, Madeira e Açores, temos pontos de venda, temos lojas próprias. Estamos sempre a renovar e a tentar expandir.
A presença online supera a física?
Não. Somos pioneiros no digital. A Finogold nasceu em 2002 como um site de vendas online, com o foco nas alianças. No entanto, as pessoas vinham dos mais diversos lugares, desde Lisboa ao Algarve, para verem as coleções. Foi aí que surgiu a primeira loja da Finogold. Essa tendência manteve-se, porque as pessoas querem experimentar. Vir a uma loja e estar em contacto com as pessoas é, em si mesmo, uma experiência. Isso não muda. Felizmente temos tido sucesso com a nossa presença em lojas físicas, além do online, que na altura foi uma pedrada no charco no setor.

10 de Março, 2025
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