Exposição juntou CINDOR e Joalharia do Carmo  

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De 26 de junho a 15 de julho esteve presente, na centenária Joalharia do Carmo, em Lisboa, a exposição “A Madrugada que eu esperava”, inserida na II Bienal Internacional de Joalharia Contemporânea, que juntou joias criadas por alunos e alunas do CINDOR- Formação Profissional de Ourivesaria e Relojoaria. Falámos com Eunice Neves, diretora do CINDOR, que nos contou mais sobre esta exposição e referiu que haverá uma outra, desta vez, na cidade invicta. 

“Os versos escritos por Sophia de Mello Breyner Andresen no seu poema Madrugada inspiraram, inspiram e continuarão a inspirar novas revoluções criativas pelas mãos de futuros joalheiros e joalheiras do país”. Foi este o mote para a exposição de joias criadas por alunos do CINDOR, que esteve presente na Joalharia do Carmo. 

O desafio foi lançado pela PIN – Associação Portuguesa de Joalharia Contemporânea, que se juntou às celebrações oficiais dos 50 anos do 25 de Abril e lançou a II Bienal Internacional de Joalharia Contemporânea, inspirada no poema “Madrugada”, de Sophia de Mello Breyner Andresen. 

Eunice Neves explicou que, sendo o CINDOR membro-escola da desde 2021, “foi convidado a participar neste evento, expondo peças de formandos dos cursos de ourivesaria, em diferentes modalidades. A aposta em concursos que estimulem competências pessoais, sociais e técnicas nos formandos – futuros recursos humanos do setor – está sempre presente nos planos anuais de atividade do Centro, pelo que o desafio foi prontamente lançado a diferentes turmas de ourivesaria”.  

Inseridas neste contexto, decorreram várias exposições de trabalhos de alunos de diferentes escolas nacionais e internacionais em diversos locais de Lisboa, tendo as peças desenvolvidas no âmbito de cursos do CINDOR sido apresentadas na Joalharia do Carmo. De acordo com a diretora, para esta exposição foram selecionadas todas as joias concebidas em filigrana que ilustrassem o tema proposto pela PIN para a II Bienal de Joalharia Contemporânea de Lisboa – “Joias Políticas. Joias de Poder”, na busca de uma reflexão sobre a forma como as estas expressam e representam o poder, sob o título “Madrugada”.  

Ao todo, estiveram expostas 25 peças dos autores Ana Gonçalves, Ana Leites, Ana Rego, Arycia Valente, Bianca Henze, Carla Monteiro, Cristiano Rodrigues, Elana Silva, Elisabete Alago, Frederico Silva, Generosa Rego, Guilherme Moreira, Inês Oliveira, Joana Falcão, Lúcia Mesquita, Manuel Silva, Maria Alves, Mário Branco, Miguel Matos, Orquídea Silva, Patrício Guimarães, Pedro Xavier, Rafaela Vilaça, Sónia Sousa e Susana Teixeira, sendo “que foram valorizadas, na sua seleção final, mediante diferentes critérios como a adequação ao tema proposto, a qualidade técnica, a criatividade e a inovação”, esclareceu Eunice Neves. 

Quando questionada sobre a importância desta exposição para os alunos do CINDOR, afirmou que “a eficiência pedagógica que caracteriza o CINDOR, enquanto entidade responsável há 40 anos por formar a grande maioria dos empresários e técnicos do setor, é pautada por rigorosos critérios de eficácia e eficiência. Mudam-se os tempos, mudam-se as realidades e, claramente, hoje ensinar para o setor de ourivesaria, joalharia e relojoaria é também ensinar para a cidadania e para a capacidade de responder a desafios. É relacionar o conhecimento com o pensamento pedagógico contemporâneo e as práticas de formação aplicadas para potenciar o desenvolvimento de hard skills, mas – não menos importante – das denominadas soft skills. Preparar os profissionais do futuro é dotá-los destas competências fundamentais, não apenas para a evolução das empresas, mas também para o seu crescimento pessoal e profissional”. E acrescenta: “É por esse motivo que o CINDOR estimula a participação em concursos internos e externos ao Centro, que valorizem a qualidade e a componente técnica, com diferentes temáticas, mas um objetivo comum: estimular a mobilização de competências pessoais, sociais e técnicas, o desenvolvimento da criatividade, da resposta a desafios, potenciando transversalmente a reflexão, a autonomia e a inovação”. 

Leia o artigo completo na revista JoiaPro 97.

22 de Outubro, 2024
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