Portojóia 2022 de olhos postos no futuro da joalharia portuguesa
Já tínhamos saudades de falar com Amélia Estevão, diretora de marketing da Exponor Exhibitions. No regresso da Portojóia, depois de dois anos de pausa forçada por conta da pandemia, quisemos perceber o que podemos esperar deste evento tão aguardado pelo setor, que decorre entre os dias 22 e 25 de setembro.
Após dois anos de interregno, o que podemos esperar da Portojóia de 2022?
Renovamos o compromisso de nos mantermos como um veículo de divulgação das tendências que estão a marcar a altamente competitiva e dinâmica indústria da joalharia portuguesa. O foco no futuro do setor e no nosso papel de liderança perante marcas e profissionais introduzem aquilo que se pode esperar da 31ª edição da principal montra ibérica de joalharia, ourivesaria e relojoaria: um evento pensado e preparado para a criação de oportunidades de negócio em formato híbrido, uma adaptação incontornável no contexto pós-pandémico, bem como de lançamento de novos motes de inspiração. Procuramos que tudo isto se traduza em iniciativas que desafiam o setor a refletir sobre o estado de arte – seja através da promoção de parcerias entre a joalharia e outros setores criativos como a moda, decoração, ilustração e cerâmica ou a realização de conversas e debates entre líderes de opinião e de empresas identificados pela equipa da Exponor Exhibitions para abordar temas que expressam a agenda internacional do setor.
Quais os principais desafios encontrados no planeamento da feira deste ano?
O contexto excecional da pandemia provocou uma necessidade de adaptação imediata e irreversível tanto para a Exponor, enquanto organizadora do evento, como para as marcas e empresas com que estabelecemos o contacto. Neste sentido, o regresso ao formato presencial da feira foi um dos nossos primeiros desafios, que procurámos colmatar com a aposta num formato híbrido que acompanhasse a necessidade de manter os canais digitais abertos e fluídos entre expositores e visitantes. É neste seguimento que surge a integração da Plataforma E + E, a pensar não só na Portojóia, mas em todas as feiras organizadas pela Exponor Exhibitions, tendo como principal objetivo criar um ecossistema global do setor, estreitando as relações que se formam dentro e fora da feira. Por outro lado, sentimos a urgência de refletir na feira, através de contactos e iniciativas relevantes, os desafios que o próprio setor da joalharia está a experienciar. Uma das consequências mais prementes do período que atravessámos nos últimos dois anos foi a transição para uma indústria 4.0 e para o ambiente digital – transversal a todos os agentes do mercado (com grandes ou pequenas estruturas). Empresas com grande solidez e até de raízes familiares tiveram de encontrar um novo equilíbrio entre a ancestralidade da arte da joalharia e os avanços tecnológicos; já as novas empresas, apesar de já se assumirem como nativas digitais, depararam-se com um mercado extremamente competitivo e, especialmente, além-fronteiras. Enquanto organizadora de eventos dirigidos ao público profissional, a Exponor pretende afirmar-se como um barómetro para todas estas mudanças, um processo que exige um olhar atento e próximo do setor.
Entrevista completa na próxima edição da Revista JoiaPro.
30 de Agosto, 2022
AtualidadeEntrevistasEventos
