Vitrinas: instrumento poderoso?
Como em qualquer segmento de mercado, também no mundo da ourivesaria e da joalharia a vitrina se assume como um dos mais poderosos instrumentos de venda. A montra corresponde ao marketing mais imediato que um lojista lança para conquistar o consumidor.
Bruno Tocha, de Aveiro, refere que “a vitrina representa o melhor empregado de uma casa comercial, pois trata-se de algo fundamental para a loja“. O proprietário da Crisálida Ourivesarias relembra ainda que “todo o cuidado é pouco ao enfeitar uma montra. Se as exposições ostentarem criatividade funcionarão como um cartão de visita, que convida as pessoas a entrar no espaço. Uma montra deve evidenciar o brilho das jóias e, para isso, terá que pautar pelo minimalismo e simplicidade“.
De facto, criar uma envolvência estimulante induz o consumidor a comprar. “Cada vez mais se torna importante investir na qualidade de uma montra, pois corresponde a uma questão de venda, de anúncio do produto e de prestígio da própria ourivesaria. A vitrina é o ponto chave em qualquer loja, pois representa sempre a primeira venda. Neste sentido, deve ser cuidada e apelativa, em todas as estações do ano“, explica Fernando Rilhó, da Ourivesaria Atlantis, sedeada em Setúbal.
Cipriano Sousa partilha da mesma opinião e salienta que “as pessoas se deixam influenciar pelo aspecto das lojas, uma situação que normalmente acarreta vendas para o espaço comercial“. O proprietário da Cipriano Jóias, acrescenta que “existe uma inegável relação entre uma boa vitrina e a venda do produto, pois caso contrário, a publicidade seria desnecessária“.
Uma boa vitrina deve chamar à atenção, provocar surpresa, tem que possuir luz e vida. Se uma montra desinteressar o consumidor, ele rejeitará entrar no espaço e o comerciante perderá a oportunidade de venda. Deste modo, investir na atracção constitui uma das principais normas da Ágata Joalheiros, de Coimbra. “A nossa loja reconhece-se, num raio de muitos quilómetros, por se esmerar no embelezamento de montras. Uma vitrina inovadora, criativa e diferente é importantíssima para a realização de bons negócios“, assegura António Cruz.
Para Nuno Torres, da Anselmo 1910, “a vitrina constitui-se como o primeiro atractivo de uma ourivesaria. Apesar de existirem algumas estações mais propícias ao negócio, devemos ter em consideração a apresentação apelativa das montras durante todo o ano“.
Leia o inquérito completo na edição nº 35 da JóiaPro
30 de Dezembro, 2010
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